quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Saúde lança campanha para aumentar doações de órgãos.


 

Uma campanha para que a família autorize a doação de órgãos foi lançada hoje (27) pelo governo. A campanha na mídia também vai incentivar os profissionais de saúde a notificar os casos de morte cerebral às centrais estaduais de transplantes.

Para doar um órgão ou tecido, não é preciso assinar documento por escrito. A família deve estar ciente da vontade, pois é ela que autoriza a doação em caso de morte cerebral. No entanto, a recusa de parentes em autorizar a doação é apontada pelo Ministério da Saúde como um dos obstáculos para aumentar o número de transplantes no país.

Segundo o secretário de Atenção à Saúde do ministério, Alberto Beltrame, em 24% dos casos de morte cerebral, a família não autoriza a doação. A campanha será veiculada na internet, em veículos impressos e nas emissoras de rádio e televisão a partir do dia 6 de outubro.

O ministério anunciou recursos de R$ 76 milhões para incentivar o transplante de órgãos e tecidos no país. Do total, R$ 10 milhões serão para capacitar mais de 2 mil profissionais de saúde para tratar a questão do transplante com as famílias.

"A abordagem precisa ser aperfeiçoada e profissionalizada. A entrevista com a família tem técnica e pretendemos melhorar os entrevistadores na realização dessa tarefa, que é determinante para a doação ou não dos órgãos", disse Beltrame, após lançamento da campanha, que marca as comemorações do Dia Nacional do Doador de Órgãos e Tecidos.

Segundo Beltrame, somente 50% das mortes cerebrais são notificadas. O ministério aumentou para R$ 600 o valor de remuneração pelos exames complementares para o diagnóstico da morte encefálica. "Queremos valorizar o profissional e que o diagnóstico saia rápido", afirmou.

Foram reajustados também os valores pagos pelas cirurgias de transplantes de córnea e de coração, com o objetivo de incentivar esse tipo de cirurgia no Sistema Único de Saúde (SUS). O governo prevê também a criação de 80 leitos na rede pública para o transplante de medula óssea, equivalente a R$ 16 milhões, e a implantação de bancos de tecidos (córnea, pele e osso) em dez estados, com investimento de R$ 20 milhões.

Em 2009, foram realizados 20.253 transplantes de órgãos sólidos (coração, fígado, rim, pâncreas e pulmão), córnea e medula óssea no Brasil. No primeiro semestre deste ano, foram 2.367 transplantes, um aumento de 16,4% em comparação ao mesmo período do ano passado. Cerca de 60 mil pessoas aguardam na fila por um órgão, conforme dados do governo.

O tempo de espera varia de acordo com a unidade da federação e com o tipo de órgão ou de tecido doados. Uma estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 2004 a 2006, mostra que as regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste, com exceção do Rio de Janeiro, apresentam o menor tempo de espera e fazem o maior número de transplantes. Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, a taxa de doação cresceu 60% no país desde 2007.


 

MATÉRIA,CORREIO BRASILIENSE.

PUBLICAÇÃO 27/09/2010.

SILEIDE DA CRUZ,FACULDADE VASCO DA GAMA.8AM.

10 comentários:

  1. O Ministério da Saúde lança hoje (27), às 15h, no Auditório Emílio Ribas, a Campanha Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos e Tecidos. O slogan da edição deste ano, focado nos receptores de órgãos, é "Seja um Doador e só assim Serei Feliz, Bem Feliz.

    Além da campanha, o ministério anunciará medidas para o setor que, juntamente com a mobilização social, deverão resultar no aumento de até 20% do número de transplantes realizados no país. Em 2009, foram feitos 20.253 transplantes pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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  2. Finalmente uma noticia ótima. Pois vamos fazer valer a vontade das pessoas que querem ajudar o próximo com os seus órgãos e tecidos, o ruim que precisamos regulamentar uma lei para se fazer respeitar a vontade do outro. Vamos aperfeiçoar essa lei.

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  3. Estados Unidos vão reavaliar a proibição de doação de sangue de gays

    Desde 1983, o FDA (órgão federal que regula alimentos e remédios) proíbe homossexuais de doar sangue) ... ISSO SE CHAMA DISCRIMINAÇÃOOOO

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  4. Educar nunca é demais, é através dessas campanhas que a população evolui no conhecimento, o processo de doação ainda está muito a quem, mas acredito que investindo em políticas públicas, capacitando os profissionais, gestores comprometido, criando novos leitos. o gesto de doar tem que ter plena consciência.

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  5. Que bom que o Governo se manifestou a promover capanhas esclarecedoras e investimentos nesse seguimento, que pode nao salvar apenas uma vida e sim várias que esperam por um uma portunidade de sobrevivencia. Por isso seja um doador, vc nao vai apenas doar um orgao mais esperança e qualidade de vida para aqueles que passam anos em uma fila a espera de um orgao.

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  6. Atualmente a maior entrave que o Sistema Nacional de Transplantes depara-se no processo de captação de orgãos, ainda refere-se a autorização da família. O número de recusas ainda supera os números de aceitação da doação, isto contudo decorre principalmente do conceito de morte, religião e sobretudo visão de mundo que a família adota. A família é quem decide se os órgãos devem ser doados ou não, independentemente da decisão do possível doador em vida. Está tramitando no Senado Federal um projeto de lei criando um registro de doador, possivelmente este projeto de lei facilitará o processo de captação e doação de orgãos.

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  7. Segundo o ministerio da saúde – O Brasil já atingiu, nesse primeiro semestre,
    o recorde histórico de doação de órgãos, mas o ministério quer aprofundar essas medidas.
    dessa forma eles visam reforçar e ampliar o número de transplantes em 20% nos próximos 12 meses.

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  8. Gratificante a iniciativa do governo ao fazer uma campanha sobre a doação de órgão, espero que essa campanha seja esclarecedora para a população.

    Edna Maria - Vasco da Gama, 8º Noturno

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  9. Este comentário foi removido pelo autor.

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  10. Acredito ser uma medida importante para aumentar o número de doações de orgãos, assim como para esclarecer as duvidas da populaçao .só espero que a burocracia entre a aberturta do protocolo e o fechamnto do mesmo não cerceie o desejo das famílias que pretendem doar os orgãos de seus entes.

    beth ramos

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